Carnes perdidas
É tão estético, é tão poético ser quem se é Volte, se procure, se ache O caminho de volta é difícil, confuso Quanta ventania, tem até poeira e poesia Escurece e vejo o nada Clareia, estou perdida Não lembro daqui Ah! Lembrei que alguém me disse que eu ...
Escrito por: Rode Ziembick
19/10/2024É tão estético, é tão poético ser quem se é
Volte, se procure, se ache
O caminho de volta é difícil, confuso
Quanta ventania, tem até poeira e poesia
Escurece e vejo o nada
Clareia, estou perdida
Não lembro daqui
Ah! Lembrei que alguém me disse que eu era assim
Da verdade não me lembro exatamente, mas sinto que eu era assim
E gosto, e gozo
Gozo de ter sido
Sido alguém
De alma livre
Malcriada, levada, irritada
Dona da própria verdade
Quem está em cima, quem está lá embaixo, tanto faz é tudo gente
Não ligo, trato igual
Me divirto com as cores da vida, suas escadas e rampas de descida
É preciso voltar, essa não cabe mais em mim, é grande demais
A vida convoca ao encaixe
Me espremo, aperto, me deformo
E perco minha carnes
Caras carnes
E vou existindo…